A gigante petrolífera italiana Ente
Nazionale Idrocarburi (ENI) está de olhos postos nos talentos nacionais e
quer contratar cerca de 30 jovens portugueses do ensino profissional.
Os candidatos selecionados integrarão as operações da empresa em
cenários internacionais.
A Associação Nacional de Escolas
Profissionais (ANESPO) tornou pública esta missão de recrutamento
conduzida pela petrolífera italiana, alertando assim potenciais
candidatos para as oportunidades em aberto. Segundo José Luís Presa,
presidente da ANESPO, “quando uma empresa com a dimensão e
importância da SAIPEM pretende recrutar jovens portugueses das áreas da
eletricidade, eletrónica e mecânica é porque reconhece a qualidade do
nosso ensino profissional e o potencial dos nossos diplomados”.
Com as candidaturas a decorrer até 10 de dezembro, os jovens recrutados
que venham a ser selecionados poderão integrar as equipas da subsidiária
da ENI em países tão diversos como Itália, Emiratos Árabes Unidos,
Arábia Saudita, Nigéria, México e Kuwait ou Polónia. A empresa procura
maioritariamente supervisores juniores, mas em comunicado faz saber que
existem oportunidades e funções adequadas a diferentes perfis
profissionais.
A ENI está presente em 70 países e
concentra a sua atuação em atividades de pesquisa, produção, transporte,
transformação, comercialização de petróleo e gás, petroquímica,
serviços de construção e engenharia. A SAIPEM atua nos cinco continentes
e é líder no sector da engenharia e serviços para a indústria de óleo e
gás. Para José Luís Presa, “trata-se de uma excelente
oportunidade de carreira para 30 jovens portugueses, que irão testar as
competências adquiridas nos seus ciclos de estudo e adquirir uma
experiência profissional importantíssima para as suas vidas”.
Empregabilidade convence
As opções de contratação da SAIPEM,
subsidiária da ENI, são também indício de uma crescente procura de
perfis com formação técnico-profissional, em Portugal. Ainda que grande
parte dos jovens continuem a privilegiar a formação superior, dados
recentes dão conta da existência de cursos cuja empregabilidade aumentou
20% no último ano e também de um aumento de alunos que optam por esta
via para concluir os seus estudos.
O enfoque dado pelo Governo a esta via
de qualificação é, de resto, um espelho desta tendência. A meta do
executivo é totalizar 50% de alunos do ensino secundário a frequentar
cursos profissionais. O número é ambicioso, mas o aumento da
empregabilidade destes cursos pode abrir caminho à sua concretização. A
associação estima que seis meses depois da conclusão da formação, cerca
de 70% dos alunos estejam empregados.
Fonte: Expressoemprego
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