Um das funções dos bancos centrais é
fazer a gestão do dinheiro físico, enquanto objeto susceptível de
degradação que é. As notas, em particular, sofrem um maior desgaste que
as moedas, levando que os bancos centrais as sinalizem e enviem para
destruição, procedendo depois à reposição através da impressão de novas
séries.
Este
assunto foi objecto de estudo de alguns cientistas e que culminou na
proposta um método capaz de prolongar o tempo de vidas das notas. O
método consiste em sujeitar as notas a dióxido de carbono supercrítico,
promovendo a limpeza das mesmas. O principal contaminante é a gordura
transmitida pelas mãos que as manuseiam, a qual incorre em degradação
por exposição ao ar devido (oxigénio) e, entre outros, altera a própria
cor das notas.
Como
se sabe, os fluidos supercríticos (em especial o dióxido de carbono)
têm sido muito investigados como solventes verdes para processos de
extração de óleos e moléculas interessantes contidos em biomassa. Quando
o que se extrai são compostos considerados residuais ou indesejados, a
extração toma o nome de limpeza, mas não deixa de ser um processo de
extração. Do mesmo modo, um processo de extração não deixa de ser um
processo de separação. Tudo se prende com o enquadramento da sua
aplicação, mais do que com fenómeno alternativos de transferência de
massa.
Aquilo
que os cientistas verificaram é que o dióxido de carbono consegue
remover a gordura contida nas notas sem adulterar ou danificar
hologramas e tintas fosforescentes. Sabe-se que as notas têm um tempo de
vida que vai de 3 a 15 anos, e esta técnica poderá vir a contribuir
para o alargamento destes prazos de validade.
A
reimpressão de dinheiro assume valores exorbitantes nos EUA: a reserva
federal imprime anualmente 150 mil milhões de notas. O custo de
impressão destas novas notas é gritante: cerca de 10 mil milhões de
dólares por ano.